tag:blogger.com,1999:blog-41300079416569375502024-02-07T04:29:07.188+00:00Passeio pelo Parquedivagando por outros mundosJosé António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-2284419272590457602016-07-17T19:32:00.007+01:002016-08-06T18:06:09.574+01:00O "aggiornamento" dos clássicos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCEFuemG0NZ493Wz96PUUdKECxaZz7u3qb_kdQOcldfWhGpdNhPtraXWk2VbpDPK2mvN5rgFrfPsMT_buwf1pQJNEJ4FepmScmcO4pfhL48aofd673DXoOQxTI9Y0w6mNkpQ_-CWpPRYw/s1600/Quijote.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCEFuemG0NZ493Wz96PUUdKECxaZz7u3qb_kdQOcldfWhGpdNhPtraXWk2VbpDPK2mvN5rgFrfPsMT_buwf1pQJNEJ4FepmScmcO4pfhL48aofd673DXoOQxTI9Y0w6mNkpQ_-CWpPRYw/s400/Quijote.jpg" width="266" /></a></div>
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Já tinha visto isto há tempos e tinha-me disso esquecido. Andrés Trapiello decidiu-se a "traduzir" para castelhano actual o Don Quijote. Miguel Cervantes morreu a 23 de Abril de 1616. A ideia é fazê-lo renascer porque, alegadamente, os nossos contemporâneos não conseguiriam entender a língua em que escreveu nem sequer o sentido do vocabulário que usou. O livro é este <a href="http://www.casadellibro.com/libro-don-quijote-de-la-mancha/9788423349647/2544221">aqui</a>. O autor da versão "actualizada" está <a href="http://www.andrestrapiello.com/">aqui</a>.</div>
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Li isto e lembrei-me de uma aventura real que é hoje tempo de poder contar. A Editorial Presença havia-me solicitado um texto de apresentação ao <i>Príncipe</i> de Maquiavel, o que redigi e por aí circula, creio que com desinteresse da maioria apesar de ser uma ensaio inovador relativamente à visão diabolizante do "Secretário" florentino que sem caução fez escola. </div>
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Honrado pelo convite e ao mesmo tempo assustado com o encargo, esperava-me, porém, uma surpresa: é que o editor não se tinha apercebido que a versão que me apresentara para o efeito não era, afinal, a original, finalmente traduzida do "italiano", mas sim uma versão aaggiornata, ideia igual à do Trapiello cervantino, como esta da autoria de Giuseppe Bonghi [hoje está <a href="http://www.classicitaliani.it/machiav/critica/pricipe_traduzione_bonghi.htm">aqui</a>] ou esta outra de G. Pedullà [<a href="https://www.amazon.it/principe-Niccol%C3%B2-Machiavelli/dp/8860369851">aqui</a>] ou aquela que me chegou da autoria de Piero Melograni [ver <a href="http://www.ilsole24ore.com/art/cultura/2013-06-23/gusta-meglio-tradotto-084256.shtml?uuid=AbxOde7H&refresh_ce=1">aqui</a> a explicação].</div>
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Desfeito o equívoco, pois que saltava à vista que algo de errado se passava e sobretudo o <i>facsimile </i>da edição original não deixava margem para equívocos, seria feita uma nova tradução que foi a que serviu de base à que já corre em mais do que uma edição.</div>
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Em suma, ficou-me a questão: será correcto este modo de proceder, modificando mais do que o vocabulário, afinal, o próprio estilo da escrita? Ou estaremos ante um facilitismo face aos leitores ávidos de pressa e preguiçosos no esforço - para quem segurar um livro entre as mãos já é um peso insuportável - para os quais se poupa o terem de ir à procura do significado de um termo, do contexto em que surgiu um modo de dizer? </div>
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É que, é claro, há sempre a possibilidade de, através de um equilibrado jogo de notas, explicar o que não for evidente a um leitor menos cultivado. Mas isso, para o mercado editorial passa a ser um encargo no custo e as regras comerciais tentam fazer os clássicos, pois não estão sujeitos a direito de autor, entrarem no "grande público", o quer que isso seja. </div>
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Daí que estas versões, variações, adulterações, tenham os seus cultores e eruditos que as caucionam. «Os exércitos e os notáveis fidalgos que das costas de Portugal por mares totalmente desconhecidos foram para além do Ceilão...». Conhecem? É o começo dos <i>Lusíadas</i>, um poema bué de baril...</div>
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JABhttp://www.blogger.com/profile/06195512146125478286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-84763813825229548182015-12-24T15:04:00.002+00:002015-12-24T15:04:33.771+00:00Eppur si muove<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5A82FuUbDbi7F3em6_QSE4N-bfH2XU6mPygOPKcgdOcJjrO0ANg-c3IcZ7ehBBBMWOjX57yVaJmkx5f-PMqyFqt6phCxC0iCEI5tKFI2NJVJFNZOyRH45PtwbAbVc0sDnvZcKgcG9MD0/s1600/eppur-muove-L-xsRDrO.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5A82FuUbDbi7F3em6_QSE4N-bfH2XU6mPygOPKcgdOcJjrO0ANg-c3IcZ7ehBBBMWOjX57yVaJmkx5f-PMqyFqt6phCxC0iCEI5tKFI2NJVJFNZOyRH45PtwbAbVc0sDnvZcKgcG9MD0/s400/eppur-muove-L-xsRDrO.png" width="400" /></a></div>
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Um lapso fez com que este <i>blog</i> fosse apresentado como tendo sido encerrado. As minhas desculpas pelo erro. Sei que o tenho frequentado pouco, mas a ideia de o preservar mantém-se.JABhttp://www.blogger.com/profile/06195512146125478286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-38904975692529342012015-09-20T15:18:00.001+01:002015-09-20T17:25:56.784+01:00Candidamente incomensurável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjPDcbrBeMH-kVbxL3ctf1dRFvEhh0gC44FOq3cgX0-PAXwqYnqcHR9XC4_q93RZIGt7eqXPbuP35hPoGyB2CZUMYdQor7yo_SO5no3oPCrBeXtbwiC_RrM1GNnyeQqWVLINrv3LECrKE/s1600/Voltaire_by_Jean-Antoine_Houdon_%25281778%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjPDcbrBeMH-kVbxL3ctf1dRFvEhh0gC44FOq3cgX0-PAXwqYnqcHR9XC4_q93RZIGt7eqXPbuP35hPoGyB2CZUMYdQor7yo_SO5no3oPCrBeXtbwiC_RrM1GNnyeQqWVLINrv3LECrKE/s400/Voltaire_by_Jean-Antoine_Houdon_%25281778%2529.jpg" width="221"></a></div>
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Reli agora o "Cândido" de "Voltaire", porque o vi citado, como causa inspiradora, no livro de memórias de Somerseth Maugham. </div>
<div style="text-align: justify;">Lembrava-me da figura balofa, de optimismo congénito, do Dr. Pangloss e de pouco mais. Na narrativa, porém, esse é o elemento circunstancial. A essência do escrito prende-se com a filosofia de Leibniz e a lógica causal mais a assunção do mundo como o melhor de todos os possíveis.</div>
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Tinha-me fixado em Leibniz, pelos meus vinte e poucos anos, admirando-o menos como o último dos que dominou a ciência do seu tempo, sim ao seguir-lhe a lógica da redução do máximo do entendimento humano ao computável. De há muito que cortei com esse caminho, pagando o preço intelectual dos espinhosos atalhos porque tive de seguir. A filosofia da Razão é mais confortável na sua lógica de congruência ainda que aparente; mas deixa a maioria do mundo por resolver.</div>
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De algum modo esta leitura deu-me ao espírito duas grandes noções: a da superlativa importância do problema do Mal - e eis o que o autor de "Servidão Humana" nele encontrou - e momentos de belíssimo e refinado humor: «Fora decidido pela Universidade de Coimbra que o espectáculo de algumas pessoas queimadas em fogo lento, em grande cerimonial, era um meio infalível de impedir a terra de tremer". Eis ante o que se passara em 1775 em Lisboa. E o que, a repetir-se, nos pode tornar o pior dos mundos possíveis.</div>
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Fonte da foto <a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/48/Voltaire_by_Jean-Antoine_Houdon_(1778).jpg">aqui</a></div>
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JABhttp://www.blogger.com/profile/06195512146125478286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-21174682761143457742012-09-13T21:15:00.000+01:002012-09-13T21:15:56.489+01:00Ecce Homo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOGP0_g82tcI5Ld5QIzJNy4G9muVidXkh2N6eOSzrHWuf5dtWp-kJQqz2d2AUg4_Ae038dCDNcmazmtuUE2ckxHh4YLQ5WLy11ZOZkP9Ifkug3h2JkM855sYE7g8aTwaha6dhyphenhyphenEN2pfR0/s1600/nietzsche_398.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOGP0_g82tcI5Ld5QIzJNy4G9muVidXkh2N6eOSzrHWuf5dtWp-kJQqz2d2AUg4_Ae038dCDNcmazmtuUE2ckxHh4YLQ5WLy11ZOZkP9Ifkug3h2JkM855sYE7g8aTwaha6dhyphenhyphenEN2pfR0/s400/nietzsche_398.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Ler Nietzsche pelos olhos inflamados de Nietzsche. Foi assim que me decidi, agora que chegou o tempo de o ler, relendo-o. Estive pois o fim-de-semana passado com o <i>Ecce Homo</i>. O livro é pequeno mas eu não consigo ler depressa. E Nietzsche é para ser lido devagar, embora se trate de uma escrita que convide à aceleração, pela toada, a exaltação, a poética imanente, significativa até no silêncio, el que anatemizou «a ilusão de acústica de que onde nada se houve nada há».</div><div style="text-align: justify;">A vulgaridade convida a desprezá-lo porque ele se expõe ao ridículo com os insólitos títulos de capítulo que, tomados à letra, são a expressão da arrogância, uma insuportável vaidade. Só que não se pode tomá-lo à letra. É uma verdade que a sua própria biografia demonstra quando comparada com a obra, mesmo a mais imprecisa e por mais a mais rigorosa, a escrita por Stefan Zweig, por que o compreendeu, sentindo-o, no seu pulsar errante.</div><div style="text-align: justify;">Doente, diminuído, carregado de fantasmas perseguidores e de ânsias frustradas, acossado pela sombra da cegueira, há na sua pessoa tudo menos o Super-Homem que nos trouxe. E assim sucessivamente.</div><div style="text-align: justify;">Deixemos pois para depois o porquê de títulos como «porque sou tão sagaz», ou «porque escrevo tão bons livros», que não são ridículos apenas porque são dramáticos, e ensaiemos o capítulo final, a que chamou «Porque sou uma fatalidade», esse tremendo diálogo, que é o pavor de si próprio ante Zaratustra, afinal «Dionísos ante o Crucificado».Assim se encerra a obra.</div>José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/04958970604904404916noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-28762927302131290132011-07-27T00:30:00.000+01:002011-07-27T00:30:10.233+01:00Um batuque noctívago<div style="text-align: justify;">Claro que se passeia sobre o ódio e a destruição e os desastres e os cataclismos, porque um avião caiu, um vulcão espirrou ou um tresloucado lançou-se aos tiros. E passeia-se sobre o amor, e a ternura e o carinho, porque um enamoramento surgiu, um bebé sorriu, um cão vadio nos abanou a cauda como um sorriso.</div><div style="text-align: justify;">Se não houvesse assim vida não haveria modo de a viver, nem de saber porque bate o <a href="http://www.youtube.com/watch?v=XV11kplLoxw&feature=related">coração</a>. Às vezes bate menos e a alma assusta-se. Mas no essencial ritma como um batuque noctívago em noite de queimadas ou como a placidez morna do poente ao <a href="http://www.youtube.com/watch?v=ShiPY_T19Bs&feature=related">entardecer</a>, melancolia sem tristeza, comoção sem lágrimas, saudade sem ausência</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/04958970604904404916noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-8641426557984089032009-05-16T21:16:00.004+01:002013-07-06T19:01:55.030+01:00A emplumada processadora escatológica<div align="justify">
Passeando pela blogoesfera para completar textos e encontrar referências é como divagar por uma tresloucada livraria de um livreiro louco e com um fiel de armazém livreiro eternamente adormecido. Imagine-se encontrar esta pergunta «<em>Quando a galinha come fezes, o que ela defeca ?</em>», <a href="http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070619221916AANRN9f">aqui</a>! A <em>webmaster</em> do sítio chama-se Sidarta. A pergunta é um concurso. Houve quem respondesse «<em>um fezão</em>» e perdesse. Sabem o que respondeu a Regina, que nem assim conseguiu a vitória: «<em>o teu cérebro, querido Sidarta!</em>». Que pena Regina. Era a resposta certa à pergunta errada.</div>
José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-41228195144403152902009-05-03T19:16:00.003+01:002009-05-03T19:24:05.196+01:00Uma janelaVêr Lisboa do Alto das Amoreiras, ou ver tantos outros lugares. Não na estática de um fotografia, não no movimento de um filme do que foi, sim no como é e como está. Ver Lisboa, em Portugal, <a href="http://www.strawberryworld-lisbon.com/webcam.html">aqui.</a> Ver <a href="http://www.the-webcam-network.com/countries/Portugal/s.html">Portugal</a>, ver o <a href="http://www.worldcam.pl/en/">Mundo</a>. Bom passeio de domingo, ao entardecer.José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-48358814495219035922009-04-19T12:32:00.003+01:002013-07-06T19:01:35.814+01:00Um domingo com o Senhor Wittgenstein<div align="justify">
Eu sabia que o Bertrand Russell quando apresentou o <em>Tractatus Logico-Philosophicus</em> de Ludwing Wittgenstein escreveu algo como um elogio incomensurável e aditou que <em>além disso</em> e no «além disso» estava a ironia, a obra reunia os requisitos para ser admitida a doutoramento em Cambridge. O livro <a href="http://chronicle.com/free/v55/i33/33b00401.htm">é</a> e <a href="http://www.youtube.com/watch?v=wpxzcFe8rOg&feature=related">é ainda </a>e não deixa de ser, mesmo em ironia, uma hierarquia de sentenças sobre os limites da linguagem. Foi escrito em parte nas trincheiras, corria a I Guerra. Num mundo em que os leitores, como as crianças, gostam de lendas, ficou famoso por isso, mesmo junto de quem o não leu. A Gulbenkian teve a gentileza de o mandar traduzir.<br />
Escrevo isto por ter visto esta noite que saiu agora um livro sobre a família toda. Segundo <a href="http://chronicle.com/free/v55/i33/33b00401.htm">leio</a>, o crítico foi impiedoso quanto à iniciativa, o que nada quer dizer.<br />
Ludwig Josef Johann Wittgenstein, austríaco, filho de um magnata do aço; renunciou à fortuna paterna e foi viver como professor primário, na Noruega. Sobre ele produziu-se um filme <a href="http://video.google.com/videoplay?docid=2608378371506756422">avant-garde</a>, genial mesmo quando por vezes maçador. Sigam o <em>link</em>, está lá todo. É um bom programa de Domingo. Uma ida ao cinema.</div>
José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-77157740110398911872009-04-19T00:43:00.002+01:002009-04-19T00:50:57.889+01:00Frio, frio<div align="justify">Acham que verdadeiramente está frio? Pois então a partir <a href="http://www.freezeframe.ac.uk/collection/photos-transglobe-expedition-1979-82/p2007-16-246?gallery=quirky&mode=giant">desta imagem</a> risonha, sigam para <a href="http://www.freezeframe.ac.uk/gallery/gallery">este site</a> de fotografias polares. Depois, é recolher ao <em>igloo</em> à espera que chegue o mês de Maio e com ele um pouco mais de calor. Para começar é aprender como se constrói. O filme leva um pouco de tempo a carregar mas vale a pena esperar porque amanhã vem mais frio. Vê-se <a href="http://beta.nfb.ca/film/How_to_Build_an_Igloo/">aqui</a>.</div>José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4130007941656937550.post-23018888534004619682009-04-19T00:01:00.007+01:002015-09-20T15:23:11.003+01:00Ou talvez não<div align="justify">
Primeiro foram as livrarias a abrir espaço para os <em>gender studies</em>. Havia livros só sobre o género era necessário encontrar modo de o sistematizar. </div>
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Em Portugal, talvez por se equivaler género a sexo, os <em>gay and lesbian</em> estão juntos à Literatura Erótica. Em outros países talvez.</div>
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Ora não só de gozo e <em>libido</em> se trata. Percebe-se isso dando conta do modo como os arquivos se organizam já para tal. Por exemplo o Catálogo dos Arquivos Nacionais Britânicos, <a href="http://yourarchives.nationalarchives.gov.uk/index.php?title=Gay_and_Lesbian_History_at_the_National_Archives:_An_Introduction#top"><span style="color: red;">aqui</span></a>. Por detrás de tudo isso, mais do que uma prática, há um pensamento. Claro que sobre o assunto há notícias.Encontram-se 200 mil <a href="http://www.culture24.org.uk/am33379">aqui</a>. É um mundo.</div>
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Há pois uma boçalidade redutora, a de que a especificidade cultural <em>homo e sáfica</em> tem apenas a ver com questões de cama. </div>
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Naturalmente há uma erótica para aqueles, como há, veja-se <a href="http://browse.barnesandnoble.com/browse/nav.asp?visgrp=fiction&N=690949&Ne=690935+690949">aqu</a>i no site da Barnes & Noble, uma erótica tradicional vitoriana. Pobre Rainha Vitória, ou <a href="http://www.youtube.com/watch?v=qbJ0u4CwaY8&feature=related">talvez não</a>. Compreende-se o puritanismo.</div>
José António Barreiroshttp://www.blogger.com/profile/10270004027333633699noreply@blogger.com