Um domingo com o Senhor Wittgenstein

Eu sabia que o Bertrand Russell quando apresentou o Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwing Wittgenstein escreveu algo como um elogio incomensurável e aditou que além disso e no «além disso» estava a ironia, a obra reunia os requisitos para ser admitida a doutoramento em Cambridge. O livro é e é ainda e não deixa de ser, mesmo em ironia, uma hierarquia de sentenças sobre os limites da linguagem. Foi escrito em parte nas trincheiras, corria a I Guerra. Num mundo em que os leitores, como as crianças, gostam de lendas, ficou famoso por isso, mesmo junto de quem o não leu. A Gulbenkian teve a gentileza de o mandar traduzir.
Escrevo isto por ter visto esta noite que saiu agora um livro sobre a família toda. Segundo leio, o crítico foi impiedoso quanto à iniciativa, o que nada quer dizer.
Ludwig Josef Johann Wittgenstein, austríaco, filho de um magnata do aço; renunciou à fortuna paterna e foi viver como professor primário, na Noruega. Sobre ele produziu-se um filme avant-garde, genial mesmo quando por vezes maçador. Sigam o link, está lá todo. É um bom programa de Domingo. Uma ida ao cinema.